Já comentamos anteriormente aqui no blog sobre como a educação bilíngue tem se tornado um tema frequente dentro do meio acadêmico e também sobre como a procura por instituições que adotam programas ou metodologias bilíngues têm crescido nos últimos anos.
Mas para alguns pais uma pergunta ainda ecoa e levanta dúvidas relevantes: qual a idade apropriada para uma criança aprender um novo idioma?
No tópico de hoje iremos discutir um pouco sobre o bilinguismo na educação infantil e esclarecer algumas verdades e mitos sobre esse tema para vocês! Vamos lá?
A educação infantil
De acordo com a definição proposta pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a educação infantil é a primeira etapa da educação básica, e tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, tanto em seus aspectos físico e psicológico, como também intelectual e social. A educação infantil complementa a ação da família e da comunidade.
A Lei ainda estabelece que, apesar de não ser obrigatória, a educação infantil deve ser oferecida para crianças de zero a três anos de idade através de instituições como as creches, e para crianças de quatro a cinco anos através das pré-escolas. Por ser facultativa, a responsabilidade de oferta dessas instituições fica a critério dos municípios.
O papel da educação infantil deve ser o de cuidar da criança, contemplando aspectos como alimentação, lazer e higiene, e também educar, com foco no desenvolvimento da fala e motricidade, além de aspectos culturais e sociais. Não é papel da educação infantil alfabetizar as crianças, uma vez que as mesmas ainda não estão com a maturidade neurológica apropriada para tal. Ao invés disso, o foco da educação é nos movimentos, na música e nas artes, na natureza e na sociedade, entre outros eixos.
Alguns mitos e verdades sobre bilinguismo e educação infantil
Como sabemos, a popularidade do bilinguismo nas escolas e instituições brasileiras cresceu muito nos últimos anos, e com isso cresceu também a procura das famílias para iniciar as crianças nesse meio cada vez mais cedo, na esperança de que elas adquiram com mais facilidade a fluência. Mas alguns ainda se perguntam se aprender um novo idioma enquanto ainda consolida a língua materna não confunde as crianças tão novas.
Bom, vamos aos esclarecimentos dessas e outras perguntas!
Criança aprende mais rápido que adulto? Verdade! Estudos no campo da neurociência mostram que os primeiros seis anos de vida são ideais para o aprendizado uma vez que a atividade e desenvolvimento cerebral são mais acelerados, e que dificilmente ocorre da mesma forma quando crescemos.
O bilinguismo na educação infantil melhora as habilidades cognitivas? Verdade! Por estarem constantemente incentivando o cérebro a mudar de uma língua para outra, crianças bilíngues têm maior controle da linguagem do que as que são monolíngues. Muitos estudos apontam para os benefícios do bilinguismo: a universidade canadense de McGill, por exemplo, ao realizar testes entre indivíduos bilíngues e monoglotas, concluiu que os primeiros superaram os segundos em 15 testes verbais e não-verbais.
Aprender um novo idioma confunde a criança? Mito! Crianças bilíngues têm capacidades cognitivas muito ricas, pois são capazes de organizar regras, significados e estruturas sem atrapalhar seu processo. Independente de trocas de palavras no início - o que é perfeitamente normal -, a criança vai ser capaz de se comunicar e se fazer entender, de uma forma ou de outra, até que a proficiência venha naturalmente.
Bilinguismo na educação infantil prejudica o desempenho escolar? Mito! Pelo contrário: por conta da plasticidade cerebral, as crianças têm muita facilidade para aprendizagem. O cérebro funciona como uma esponja, absorvendo todas as informações as quais são estimuladas, e por isso quanto mais cedo forem expostas aos sons e vocábulos, mais fácil será para aprender a reconhecê-los e pronunciá-los e, futuramente, aprender a usá-los dentro de diversos contextos.
Bilinguismo na educação infantil na prática
A forma pela qual a criança adquire uma segunda língua na educação infantil ocorre de forma muito parecida com a qual ela adquire sua língua materna, isto é, através de estímulos externos.
A princípio, através de um ou mais indivíduos e muitas vezes com auxílio de meios lúdicos e audiovisuais, a criança vai ser estimulada a ouvir e interagir com eles. Consequentemente, aos poucos ela vai responder de forma não-verbal a esses estímulos, usando uma linguagem corporal como movimentos do corpo e expressões faciais. Depois, a criança passa a associar sentido àquele vocabulário ou comando, que aos poucos lhe ajuda a incorporá-los aos seu dia-a-dia através de palavras isoladas e imitações. Por fim, quando a fala já está propriamente desenvolvida, ela passa a se comunicar de forma verbal, com pequenas frases, canções, diálogos etc.
É importante lembrar que as crianças devem sempre estar sendo estimuladas ao novo idioma para que o cérebro não descarte as palavras aos poucos pelo pouco uso. Por isso os ambientes bilíngues da escola são tão importantes, já que promovem a interferência e transferência dos idiomas e promovem a seleção de informações e bloqueio de distrações.
Como o Geppetto funciona dentro desse cenário?
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